Violência por todos os lados e de todas as formas! Este é o cenário de um país que já fora do futuro. Um futuro que chegou, mas não da forma desejada pelas pessoas, pela sociedade e nem por ninguém. O Brasil, país do futuro, na verdade, sucumbe para o crime, amargando índices de violência muito piores ao de países considerados em guerra. Mas um país sem educação jamais pode almejar qualquer futuro, senão o que se tem descortinado nos morros, favelas, presídios e em todos os demais lugares. A violência urbana impera, seja nas escolas, nas praças, nos shoppings centers… ou mesmo em casa!
Em 2015, segundo relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ligado a ONU, a taxa de homicídios de brasileiros para a faixa etária entre meninos de 10 a 19 anos é de 59 mortes em cada 100 mil habitantes — o Afeganistão tem taxa de 49 e o Sudão do Sul, pasmem, 29! Observe-se que este índice se refere apenas aos jovens mortos há quase três anos, pelo que se pode afirmar que hoje deve ser bem maior. E o futuro se torna cada vez mais sombrio!
São jovens que deixarão de trabalhar, de produzir, de criar projetos. Jovens que não constituíram novas famílias e que, muitas vezes, terminaram por destruir as próprias. Jovens que não tiveram a oportunidade, sequer, de serem felizes.
E o que dizer se buscar averiguar os índices de violência em outros grupos, não só nessa faixa etária, mas no número de mortes causadas pela violência de um modo geral? Seria como derramar sangue pelas linhas deste pequeno texto. E a violência que mata a dignidade das pessoas, que destrói suas esperanças e seus sonhos? Onde inseri-las?
E o Brasil continua em vão a combater a criminalidade, quando a solução está na educação. Não há país do futuro sem educação. Não poderá haver nunca. E sem educação, a violência passa a ocupar os espaços vazios, inclusive, e especialmente, o espaço da mente dos jovens que, sem rumo, vagueiam indefesos pelas grutas da marginalidade.