Estudo da consultoria Mais Diversidade comprovou que a maioria das empresas ainda não possui um programa estruturado de diversidade e inclusão em sua agenda e acabam abordando o assunto apenas de forma pontual. O estudo foi realizado com 293 organizações nacionais e multinacionais, com matrizes em 34 diferentes países.

O estudo mostrou que 65% das empresas não possuem uma estratégia concreta e planejada de diversidade e inclusão. Essas organizações realizam ações pulverizadas, sem que estejam atreladas a uma única diretriz. Geralmente, essas ações ficam sob a responsabilidade da área de Recursos Humanos.

Outro dado é que 33% das empresas apontam a pauta racial como seu maior desafio para o ano de 2021. De acordo com a análise da consultoria, os movimentos antirracistas que vêm ocorrendo em todo o mundo despertaram as empresas para ações mais afirmativas, mas a aplicação delas, na prática, continua sendo algo desafiador.

A percepção de que existe a necessidade de ampliar os investimentos em diversidade e inclusão é algo quase unânime: 97% das empresas pesquisadas declararam que querem manter ou ampliar as ações e investimentos em diversidade e inclusão neste ano. Segundo a pesquisa, 16% das empresas pretendem que a própria liderança seja a patrocinadora do assunto dentro das organizações.

Apenas 28% das empresas ouvidas na pesquisa possuem uma área focada apenas em diversidade e inclusão. Segundo a consultoria, isso reflete a necessidade de investir em uma mudança estrutural e cultural para que a agenda tenha mais força e ganhe importância em todas as áreas, não apenas no RH.

O estudo da Mais Diversidade ainda mapeou que as empresas até chegam a montar grupos por afinidades, de profissionais LGBTQIA+, pessoas com deficiência e negros, por exemplo (60% das empresas respondeu que há grupos do tipo na organização). Não há, no entanto, uma estrutura para orientar os programas desses grupos e direcionar suas atividades.

Segundo Ricardo Sales, sócio-fundador da Mais Diversidade, “essa pesquisa é um importante termômetro para as empresas brasileiras, porque agora sabemos em que patamar de D&I as organizações estão no país, de modo geral, e quais são os temas que devem ser priorizados para o fortalecimento da agenda nas organizações”. (Fonte: Meio e Mensagem)

Diversidade é uma necessidade global

Os dados apresentados pela pesquisa da consultoria Mais Diversidade revelam mais que números. Elas revelam posicionamentos e posturas empresariais que não combinam com a realidade globalizada que vivemos. Diversidade é um assunto que está na pauta mundial, está no dia-a-dia das nossas relações familiares, sociais, no ambiente de trabalho, nas ruas, nos clubes, festas, enfim, diversidade nas empresas não tem fronteiras, é multicultural, portanto, uma necessidade global.

Mas ainda impressiona que as empresas e os empresários não acordem para a questão, o que é um paradoxo, considerando que pesquisas também apontam que instituições que valorizam a diversidade e oferecem ambientes inclusivos e saudáveis, estimulam a troca de experiências entre diferentes perfis profissionais, incentivam a criatividade e a inovação, dentre outros fatores que, certamente, refletirão no clima organizacional e em melhores resultados para as empresas e seus talentos.

A importância da função regulatória da Organização Mundial do Comércio em um contexto de crise econômica mundial, desglobalização e protecionismo do EUA.

Muito tem se debatido no que concerne o comércio internacional sobre o papel da Organização Mundial do Comércio – OMC. Os debates têm se dado em face de diversos elementos que vêm contribuindo para enfraquecer a importância da OMC como instituição capaz de regular (e liberalizar) o comércio entre os países, trazendo oportunidades aos países desenvolvidos e melhores perspectivas aos países em desenvolvimento, inclusive e especialmente no âmbito social. As transformações mundiais, como o incremento do comércio digital, a escassez de alimentos em diversos países, o problema do direito à água, e a proliferação de acordos comerciais multilaterais, fora do campo de interferência e atuação da OMC, são importantes elementos trazidos à discussão pelos que apontam, inclusive, para um fim da OMC.

Aliado ainda a estes elementos surge para emoldurar este quadro de crise o pensamento de desglobalização, infundindo um ataque contra a globalização e apontando a OMC como responsável também pelos problemas sociais dos países em desenvolvimento. Some-se ainda a política adotada pelo presidente norte americano Donald Trump que impôs medidas protecionistas ao mercado interno, inclusive, aplicando sobretaxas a produtos estrangeiros.

O Artigo “A importância da função regulatória da Organização Mundial do Comércio em um contexto de crise econômica mundial, desglobalização e protecionismo do EUA” escrito por este colunista, em conjunto com o Prof. Dr. Anderson Vichinkeski Teixeira, da Unisinos – RS, analisa as críticas que são feitas à OMC, não sem fazer antes uma contextualização histórica do seu surgimento e da sua missão, para, empós, demonstrar que aquelas (as críticas), em que pese terem fundamentos que as justificam, não eliminam a importância da OMC na regulação do comércio internacional, tendo ainda uma relevante importância para o próprio desenvolvimento e inclusão social, mormente nos países em desenvolvimento.

O material completo foi publicado pela revista científica NOMOS, do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará (PPGD/UFC) e está disponível para leitura através do link http://www.periodicos.ufc.br/nomos/article/view/60098/162319

Agende-se!

Webinário: Honorários, a primeira prerrogativa da advocacia

A OAB Nacional realizará no dia 23 de fevereiro, a partir das 9 horas, o  “webinário: honorários, a primeira prerrogativa da advocacia”. O evento faz parte da campanha pela valorização da advocacia, na defesa dos honorários. Os debates serão online e para participar, basta acessar o canal da OAB Nacional no YouTube.

Edital complementar do XXXII Exame de Ordem Unificado

Os interessados em requerer o reaproveitamento da 1ª fase do XXXI Exame de Ordem Unificado e inscrição automática dos ausentes na 2ª fase do XXXI Exame de Ordem Unificado devem ficar atentos aos prazos. O período vai das 14 horas do dia 25 de fevereiro até as 17 horas do dia 4 de março de 2021, mediante as disposições contidas no Edital e no Edital de Abertura do XXXII Exame de Ordem Unificado, de 10 de dezembro de 2020.

 

*Texto publicado originalmente no Jornal O Dia no dia 30 de janeiro de 2021