• https://www.instagram.com/campelofilhoadv/
Rua Áurea Freire, 1443 Bairro Jóquei | Teresina – PI
(86) 3303-0466

Mercado Jurídico e inovação tecnológica

O mercado jurídico está em crise? Volta e meia me deparo com esse questionamento em rodas de conversas entre amigos da área ou não e, na maioria das vezes, com recém-formados ou advogados em início de carreira.

E antes que alguém atribua esse questionamento a um pessimismo em relação ao Direito e ao mercado profissional, eu discordo. A advocacia sempre será necessária. Afinal é o meio pelo qual a sociedade dispõe para se socorrer contra as ameaças ou lesões aos direitos, especialmente aos direitos fundamentais.

Defendo sempre que o Direito evolui com a sociedade e isso significa que novos tipos de relações entre as pessoas surgem todos os dias. Com isso, surgem também novos conflitos, novas discussões sobre direitos e deveres e, consequentemente, surgem também novos nichos de mercado para o advogado. Eis aí o X da questão. Para aproveitar todas essas oportunidades, é importante estudar e se atualizar, de modo a estar preparado para enfrentar as novas demandas que se descortinam a cada novo dia.

A pergunta do início desse texto poderia ser, portanto, reformulada para: “Como se manter à frente em um cenário de mudanças aceleradas?”. O tema foi o principal mote do Chambers Fórum São Paulo 2024, evento organizado pela Chambers and Partners e um dos mais relevantes do mundo jurídico, que aconteceu na capital paulista no último dia 21 de março.

Na pauta, os grandes assuntos da atualidade, como inteligência artificial: desafios, impactos e necessidade de regulamentação; blockchain, criptoativos e transações comerciais; regulamentação da internet, big tech e crimes cibernéticos; governança em escritórios de advocacia; mercado de trabalho na era do trabalho remoto/híbrido; gestão de crise em casos de proteção de dados e segurança cibernética; e legaltechs.

Foi um dia inteiro com juristas, autoridades e advogados dos principais escritórios do Brasil para debater exatamente sobre os cenários de mudança no mercado jurídico impulsionados por estas inovações tecnológicas e os desafios impostos a advogados e profissionais da área para se manterem relevantes e eficazes em meio a essas mudanças aceleradas.

E antes de qualquer coisa, é preciso entender que a adaptação às novas tecnologias não é apenas uma questão de sobrevivência profissional. Ela é também uma oportunidade para se destacar e oferecer um serviço mais eficiente e acessível à sociedade. Isso vale para o Direito, para outras profissões e para a vida em sociedade, porque é também um processo de evolução natural.

Trazendo a questão para a realidade do Direito, minha área de atuação, as novas tecnologias estão revolucionando a maneira como os advogados trabalham. Tanto que cada vez mais eventos dessa natureza acontecem Brasil afora e quem tiver a oportunidade de participar, deve fazê-lo para se manter atualizado sobre o assunto e sobre como implementar na sua prática jurídica.

Até porque, já se sabe que algumas ferramentas de automação realizam tarefas rotineiras de pesquisa e análise de documentos com eficiência e precisão impressionantes. Isso deve ser visto não como ameaça ao emprego, mas como aliado, porque permite que os profissionais do direito se concentrem em atividades de maior valor agregado, como estratégia jurídica e aconselhamento personalizado aos clientes. Isso só para citar um exemplo.

 

Colocando a questão para o lado social, gosto de lembrar que o advogado tem a missão e a prerrogativa de ser essencial à administração da justiça. Essa conscientização é de suma importância para a manutenção do Estado Democrático de Direito e na proteção dos direitos individuais dos cidadãos. Portanto, a capacidade dos profissionais do direito de se adaptarem às inovações tecnológicas tem implicações também na vida do cidadão comum e vai afetá-lo diretamente em termos de eficiência, personalização e, principalmente, acessibilidade.

Isso porque, ao incorporar tecnologias avançadas em sua prática, é possível expandir o alcance da advocacia, democratizando e fortalecendo o acesso à justiça também para aqueles que não podem arcar com os altos custos dos serviços legais tradicionais. Nesse rol de vantagens, acrescente-se ainda o fortalecimento da relação entre os advogados e seus clientes e a promoção da confiança no sistema legal como um todo.

Diante deste cenário de revolução impulsionado pela inovação tecnológica no mercado jurídico, os profissionais da área que conseguem se adaptar e abraçar essas mudanças estão posicionados para se destacar e prosperar em um ambiente competitivo em constante evolução, ao mesmo tempo em que fortalecem o acesso à justiça e o estado de direito na sociedade.

Ratifico o que disse antes: a advocacia sempre será necessária, porque ela é o meio pelo qual a sociedade dispõe para se socorrer contra as ameaças ou lesões aos direitos, especialmente aos direitos fundamentais. As novas tecnologias, a inteligência artificial e outras ferramentas de inovação devem ser vistas como aliadas e também como novas oportunidades de atuação tanto para quem já está na área como para quem está chegando.

Estudos, aperfeiçoamento, curiosidade, proatividade, atualização e desenvolvimento de habilidades são requisitos importantes para quem quer se manter à frente em um cenário de mudanças aceleradas.

 

Read more

Programa Ideias em Debate fala sobre a importância de mentorias para negócios

A 18ª edição do Programa Ideias em Debate – Negócios, Mercado e Inovação, exibido no último dia 04, trouxe como tema a importância de mentorias para o desenvolvimento de novos negócios. O advogado e apresentador Campelo Filho recebeu no estúdio o MBA em gestão de Pessoas e Liderança, Benigno Soares, e o Consultor Empresarial Eric Bezerra, para tratar sobre o assunto.

Durante o programa, foi debatido sobre o crescimento da procura por mentorias e também sobre a grande quantidade de mentores que encontramos no mercado. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Mentores de Negócios, entre 2016 e 2020, houve um aumento de quase 20% no número de mentores no país, que saltou de 8 mil para 35 mil. 

 

A grande procura por estratégias que ajudem a alavancar um negócio está relacionada ao fato de que os mentores possuem conhecimentos de empreendedorismo que foram vividos na prática. “Para ser mentor, é preciso ter passado por toda uma experiência. O mentor precisa ter a congruência de ter vivido as situações para então passar as melhores estratégias”, destaca Eric Bezerra.

Sobre o assunto, Benigno Soares aponta que muitas pessoas confundem consultoria, assessoria e mentoria. “O mentor é aquela pessoa que já tem uma larga experiência e por conta desses conhecimentos ele pode te coordenar melhor. Os caminhos que você vai passar, ele já percorreu. O processo de mentoria deve ser baseado nas suas próprias experiências”, acrescenta.

Os especialistas reforçam que, durante a pandemia, esse mercado cresceu exponencialmente. Hoje, as pessoas buscam por resultados mais rápidos e, para isso, elas recorrem às mentorias. “Não temos mais tempo para errar, então é importante contratar uma pessoa que já tem o conhecimento daquilo que você quer investir”, afirma o MBA em gestão.

Em relação às vantagens de uma mentoria,  Eric Bezerra comenta que a maior delas é a aceleração de resultados. “Eu diria que o processo de encurtar resume o grande benefício de uma mentoria. É encurtar todo o processo que o empreendedor provavelmente passaria e acelerar resultados desde que também haja dedicação de quem vai aplicar. Não adianta só o mentor propor com toda a sua expertise o que deve ser feito, se o cliente não aplicar”, disse o consultor.

 

Fonte: Portal O Dia

Assista aqui 

Read more

Campelo Filho estreia na apresentação do Ideias em Debate na O Dia TV

A convite do Grupo O DIA de Comunicação, especialmente do Dr. Valmir Miranda, estarei à frente da nova temporada do “Ideias em Debate – Mercado, Negócios, Inovação”, que estreia na próxima terça-feira (08), às 20h30. O programa tem como carro-chefe entrevistas com convidados especiais das mais diversas áreas: Direito, economia, negócios, empreendedorismo, tecnologia e inovação, profissionais com representatividade em suas áreas de atuação, com conhecimento técnico-científico e também empírico e, principalmente, a vontade de compartilhar suas experiências com o público, estimulando outras pessoas a se desenvolverem ou se capacitarem, ampliando o debate sobre o que está na pauta de discussões do cenário atual no Brasil e no mundo.

Confira mais sobre o Programa, nesta entrevista concedida ao Jornal O Dia.

  1. O senhor é conhecido pela boa oratória, é muito didático, como tem se preparado para este desafio de comandar um programa específico para televisão?

Comecei a dar aulas desde muito cedo, com 18 anos de idade, e essa experiência de sala de aula me ajuda bastante. Apresentar um programa de TV é uma novidade e um grande desafio, sem dúvida alguma. Mas penso que devemos nos preparar bem para tudo que vamos fazer e sempre dar o nosso melhor. Por isso, me dedico muito a tudo que me comprometo seja em que seara for, assim como procuro sempre realizar tudo com muito gosto. E aqui não é diferente. Eu me preparo para cada programa, individualmente. Procuro me informar sobre os convidados que vou entrevistar, estudo sobre a temática que será abordada e procuro intensificar minhas leituras para poder ter uma visão mais ampla do tema principal e enxergar os subtemas que, muitas vezes são importantes, mas ficam à margem, despercebidos. Assim, espero ampliar o conhecimento do telespectador sobre algo que ele já sabe, mas também trazer informações novas de uma forma que eles possam aprender algo mais sobre as questões abordadas. Também tenho assistido outros programas da “O DIA TV” para aprender com os apresentadores e apresentadoras, que já são bem experientes e têm muito a nos ensinar.

  1. O Piauí tem um potencial de desenvolvimento em vários setores econômicos. Como o Ideias em Debate busca abordar este potencial durante as conversas com entrevistados?

De fato, o Piauí tem grande potencial de desenvolvimento em vários setores e tem muita gente boa que poderia compartilhar seu conhecimento e experiência. Por isso, temos buscado trazer pessoas que tenham efetivo conhecimento sobre o tema que será abordado no programa. Nossos entrevistados têm representatividade em seus setores de atuação e todos trazem um conhecimento técnico-científico e também empírico. Convidamos pessoas que tenham uma experiência para compartilhar com o público, pessoas que sejam exemplos em suas respectivas áreas de atuação. A ideia é que o exemplo delas, aliado ao conhecimento que compartilham, possam também estimular outras pessoas a se desenvolverem ou se capacitarem nas suas áreas de conhecimento ou mesmo possam ampliar a compreensão sobre elas.

  1. Temos um celeiro de empreendedores e empresários, enfim, como o programa pretende mostrar esses homens e mulheres que ajudam o Piauí a crescer?

O programa é focado em Negócios, Mercado e Inovação. Nada mais apropriado, dessa forma, para que empreendedores e empresários possam se identificar. Por isso, que vamos trazer ao programa pessoas que não só possam compartilhar suas experiências de êxito, mas também os desafios que encontram no caminho, na área do empreendedorismo e nas suas relações empresariais. Além das entrevistas, o Programa possui quadros voltados para essas áreas com matérias e dicas e um espaço para respondermos às perguntas que forem enviadas pelo público.

  1. O fomento à discussão sobre a economia é essencial para levar o mundo dos negócios para toda a comunidade. O senhor acredita que o Ideias em Debate ajuda a popularizar este tipo de discussão?

Em cada programa buscamos trazer entrevistados que tenham algo em comum entre si, mas que também possam ser o contraponto um do outro, além, claro, da identificação com o público que nos assiste. Desta forma, o debate flui como um intercâmbio, uma troca de ideias e experiências, e não uma discussão. A temática da economia é fundamental para o ambiente de negócios e para o mercado. A economia permeia todos os âmbitos da vida em sociedade, sendo imprescindível em qualquer área em que se deseje atuar. Por isso, a sua compreensão é importante, porque dá direcionamentos, traz perspectivas de futuro tanto a curto quanto a longo prazo.

Tentaremos desmistificar um pouco essa ideia de que economia é algo técnico e de difícil compreensão, porque ela, na verdade, está presente em nosso dia-a-dia, desde as coisas mais simples que fazemos às mais complexas.

  1. O que o telespectador deve esperar dessa temporada do Ideias em Debate? Qual o olhar que o programa quer lançar sobre o empreendedorismo, a inovação e a atuação da iniciativa privada e do poder público na economia?

Deve esperar um programa preparado com muito zelo, pensado em cada detalhe, dinâmico e com vida, como algo orgânico, de modo que estimule cada vez mais a participação do público. Um programa que buscará trazer uma experiência diferente ao telespectador. Também, como já pontuei anteriormente, o programa terá o foco nos Negócios, Mercado e Inovação, elementos intrínsecos ao empreendedorismo e à inciativa privada. Sempre defendo que deve haver uma simbiose positiva entre a inciativa privada e o poder público, pois são, em certa medida, interdependentes, e precisam dialogar de forma a encontrar as soluções para alguns dos problemas que enfrentam em suas respectivas áreas de atuação. Esse debate nós iremos provocar.

Em um cenário de crise econômica em que vivemos, provocada pela pandemia, pelos problemas migratórios, pela guerra da Ucrânia, pela questão do meio ambiente e da crise energética, urge que o Estado e as empresas se articulem numa força conjunta, caminhando numa mesma direção e não se digladiando como se inimigos fossem. É o que já tenho defendido faz algum tempo e é o que vamos suscitar também no programa, trazendo uma reflexão importante sobre essa temática.

  1. Fique à vontade para pontuar suas considerações finais, Dr. Campelo.

Eu quero agradecer ao Grupo O DIA de comunicação, especialmente ao Dr. Valmir Miranda, pelo convite que me fez, e a toda a equipe que já tive oportunidade de conhecer e ver a competência e o profissionalismo com que realizam o trabalho. Já tenho uma experiência de aproximadamente 20 anos como articulista do Jornal através da minha coluna semanal. Colaborar com esse Grupo, que dá liberdade para os profissionais atuarem e que sempre defendeu a realização de um jornalismo com isenção e transparência – e daí vem toda a sua credibilidade – nos enche de estímulos e de determinação para levar o que há de melhor para o telespectador. É um grande desafio e esperamos atender às expectativas.

Versão da entrevista em PDF: Entrevista Campelo Filho

 

 

Read more