• https://www.instagram.com/campelofilhoadv/
Rua Áurea Freire, 1443 Bairro Jóquei | Teresina – PI
(86) 3303-0466

Programa Ideias em Debate discute sobre implementação de governo digital

No programa Ideias em Debate – Negócios, Mercado e Inovação, exibido na noite de terça-feira (14) pela O DIA TV, o advogado e apresentador Campelo Filho recebeu o secretário da Agência de Tecnologia e Informação do Piauí (ATI), Ellen Gera, e a cientista, empreendedora e mestre em administração Vanessa Alencar para debater sobre transformação digital.

A implementação de um governo digital, onde os serviços públicos são oferecidos por meio de plataformas digitais, é uma pauta recorrente em todo o mundo, tendo em vista que muitos países já estão em processo de transformação digital. Seja em ambientes empresariais ou públicos, essa mudança vem se tornando cada vez mais necessária. 

Campelo Filho recebe convidados para debater sobre transformação digital (Foto: Arquivo O DIA)

Mas, afinal, o que é transformação digital? Vanessa Alencar explica, de forma simplificada, que o tema diz respeito à implantação de uma mentalidade digital nas organizações. “Muitas vezes pensamos que a transformação digital é apenas criar um site e colocar uma tecnologia para atendimento, mas na verdade devemos olhar de uma forma macro, considerando as organizações onde serão implementadas essas mudanças. A transformação digital vem para dar agilidade aos processos”, aponta.

Sobre o assunto, Ellen Gera comenta que, recentemente, o governador Rafael Fonteles realizou uma reunião com o primeiro Conselho de Transformação Digital do Piauí. “Já aprovamos o modelo do processo de implementação de um governo digital e agora temos que formar equipes, realizar contratações de softwares e isso trará oportunidades para que startups contribuam com o desenvolvimento desse serviço”, disse.

Para o secretário da ATI, não basta que todos os serviços sejam feitos de maneira online, é preciso também que as pessoas tenham acesso a essas plataformas e que saibam utilizá-las. “Recentemente fizemos uma pesquisa sobre os países que estavam avançados na transformação digital e vimos que na Estônia apenas o casamento e a separação são feitos de maneira presencial, todos os outros processos são feitos de forma online. Nesse contexto, os processos do governo precisam estar preparados para ocorrer de maneira online e as pessoas também precisam ter acesso a essas plataformas. Assim, o cidadão ganha tempo e  agilidade nos serviços”, destaca Ellen Gera.

Durante o programa, foi debatido sobre os principais benefícios e desafios de se implantar um governo digital. De acordo com Vanessa Alencar, com a transformação digital, o governo pode reduzir certos custos e a sociedade ganha com uma prestação de serviços mais ágil e eficiente. Já em relação aos desafios, a empreendedora acrescenta que a mudança estrutural na cultura é uma das dificuldades, uma vez que existem mitos acerca da tecnologia tomar o espaço de trabalhadores e deixá-los sem emprego.

“A inovação melhora a vida das pessoas e a transformação digital perpassa uma mudança cultural e esse é o grande desafio. A princípio, para que a transformação ocorra, é preciso uma decisão estratégica, pois envolve um investimento inicial para depois reduzir os custos. Temos mitos sobre fechamento de vagas e empregos e demissões, então tudo isso gera questões que precisam ser bem trabalhadas”, afirma.

Ellen Gera acrescenta ainda que a transformação digital não diz respeito somente a tecnologia, mas a um processo de desburocratização do serviço público, levando em consideração que é preciso existir infraestruturas essenciais para o processo de modernização. “Precisamos de infraestruturas adequadas, como segurança da informação para que os dados sejam preservados. Embora o Piauí já tenha avançado, para o governo que queremos é preciso muitos investimentos em tecnologia de base”, enfatiza.

 

Fonte: O DIA TV

Assista aqui 

Read more

As redes sociais, a faculdade de pensar e a propagação do bem pelo bem mesmo

Muitas são as críticas feitas às redes sociais, em especial à sua à má utilização. Digo assim porque é uma realidade palpável que as redes sociais têm sido um veículo de propagação de notícias falaciosas e de pensamentos os mais esdrúxulos. Isto, sem falar na exaltação de deficiências como se fossem verdadeiras virtudes, tais como a vaidade, a cobiça, o egoísmo e a falsa humildade, dentre tantas outras, e isto não pode ser confundido com liberdade de expressão, até porque não foram poucas as pessoas já vitimadas pelas redes sociais, inclusive penalizadas com a perda da própria vida, fruto de acusações injustas, inverídicas e fantasiosas, para dizer o mínimo.

Todavia, devo ressaltar que o problema não está nas redes sociais, mas sim no uso que as pessoas fazem delas. Efetivamente, enquanto tecnologia a serviço das pessoas, as redes sociais têm hoje (ou deveriam ter) um importante papel a cumprir, afinal são um veículo de comunicação global extremamente rápido e eficaz.

Mas o que leva uma pessoa a difundir falsas ideias, preconceitos e vilipêndios? Penso que o primeiro aspecto é a ignorância, a falta de conhecimento do mal que pode causar ao semelhante e a si próprio; o segundo é a negligência por não verificar a veracidade das informações que estão sendo divulgadas; e o terceiro aspecto é própria irresponsabilidade de quem abandonou a dádiva da faculdade de pensar, recebida do Criador inclusive como importante fator de distinção do homem em relação às demais espécies existentes.

Considero o terceiro aspecto apontado como o mais grave, pois a faculdade de pensar é a principal das demais faculdades da inteligência, sendo através dela que o homem cria os próprios pensamentos e exerce juízo de valor sobre as coisas e os fatos. Abandonar essa faculdade é o mesmo que negar a própria condição de ser humano.

O homem que não pensa encomenda as rédeas da condução de sua vida a terceiros, sendo isto o que ocorre com aqueles que simplesmente repassam notícias veiculadas pelas redes sociais, sem fazer qualquer análise sobre a verossimilhança delas, muitas vezes sem sequer compreenderem o que efetivamente estão repassando.

É uma pena que cada vez com maior frequência mensagens inescrupulosas sejam divulgadas, sendo que hoje esses tipos de mensagens já superam àquelas que efetivamente dizem algo verdadeiro. É ainda triste ver um instrumento tão importante e necessário, em especial nesses tempos modernos, ser utilizado de forma tão incongruente com a natureza humana, desvirtuando a sua própria utilidade e colocando em risco a própria solidariedade entre os homens.

As redes sociais deveriam ser utilizadas como meio de difusão do conhecimento, como instrumento de intercâmbio de opiniões e de ideias, sempre com o objetivo de se construir algo de bem e de valor para a vida em sociedade. Isso mesmo, para construir, jamais para destruir, como se tem visto às escâncaras.

A utilização positiva das redes sociais deveria ser um dever de cada um e de todos, mas isto só ocorrerá se cada um, individualmente, se utilizar das próprias prerrogativas humanas e começar a exercitar a função de pensar, estabelecendo filtros, eliminando os abusos, e propagando o bem pelo bem mesmo.

Publicado originalmente em agosto de 2018
Read more